sexta-feira, 3 de maio de 2013

Exposição "Outras Paisagens"



       A pintura de paisagem tem, dentro da história da cultura ocidental, um papel de relevância desde o momento em que adquire autonomia como gênero de pintura. Nesta condição de destaque, deixa de lado seu papel secundário que o limitava à simples pano de fundo de pintura de outros gêneros como retratos e de cenas de história e passa do papel de coadjuvante a protagonista da obra de arte. Este fato aconteceu na Holanda do séc. XVII. De lá para cá, as cenas naturais e urbanas se popularizaram dentro e fora do continente europeu.

      Vale observar que o termo paisagem nas Artes Visuais, nasce como uma designação para as cenas ou cenários da natureza em estado virgem: rios, montanhas, florestas, ou para as cenas da natureza modificada pelo homem: casarios, cidades, pontes e outros. A paisagem de então, preocupava-se por uma visão ampla da cena ou espaço captado pelo olhar, o uso da perspectiva e das técnicas da pintura de cavalete. 

      Com o passar dos anos, o significado de “paisagem” expande-se, passando a receber aportes da filosofia, da geografia e ciências afins, assim como das ciências sociais. Pois ao final, a paisagem é um recorte de um amplo espaço e dentro deste espaço recortado, há uma população que se relaciona socialmente, que interage com a natureza, a transforma constantemente e tem as características culturais próprias de um contexto espaço temporal. Podemos assim, considerar que a paisagem enquanto representação resulta da apreensão deste olhar, é um enquadramento, uma escolha que existe a partir do indivíduo que organiza, estuda combinações e promove soluções de conteúdo e forma. Comporta uma pluralidade sempre associada à ideia de recorte espacial, bem como evoca o caráter de coleção e conjunto. Entretanto, sua representação também comporta aspectos subjetivos, pois remete ao universo do simbólico. 

      Sendo assim, com o intuito de abordar as mais distintas questões pertinentes à este gênero de pintura, é que o MABE, ciente de sua missão de difusão de conhecimento, propõe e organiza a presente mostra, elegendo e apresentando obras de seu acervo, que remetem à pintura da PAISAGEM, apresentando-as em seus distintos aspectos e peculiaridades, e propondo aos visitantes a observação, o conhecimento e a reflexão acerca deste recorte de sua vasta coleção, onde poderemos observar o zoom particular que cada artistas deu à sua apreensão de paisagem.


Serviço:
Local: MABE - Sala Theodoro Braga.
Visitação: 22 de março à 30de junho de 2013, de terça a sexta: 10h às 18h
e aos sábado, domingo e feriados : 09h às 13h

Exposição "Flores para Belém."




         Para comemorar os 397 anos da Cidade de Belém, a Prefeitura Municipal de Belém, através da FUMBEL – Fundação Cultural do Município de Belém e do MABE -Museu de Arte de Belém, propõe uma mostra das mais delicadas aqui já realizadas: “Flores para Belém”.Composta de pinturas de gênero conhecida como Natureza Morta, esta exposição temo intuito de apresentar aos cidadãos e frequentadores do MABE, entre outras técnicas, pinturas, aquarelas, gravuras e desenhos das mais diversas flores.

        Para Charles Sterling, grande historiador da arte, o termo Natureza Morta surge a partir do século XVIII e foi utilizado para designar pinturas de coisas inanimada se provavelmente foi forjado no âmbito da academia francesa de artes. A principio foi utilizado de forma pejorativa, no sentido de designar pinturas de coisas mortas e sem movimento. Porém, no final deste mesmo século se tornará um gênero de pintura autônoma nos círculos artísticos e ganhará grande popularidade, pois fora responsável pela avaliação técnica dos artistas. Naquele contexto a destreza de um artista era consagrada à medida que este conseguisse transpor para a tela a diversidade de texturas e cores, brilhos e reflexos que povoam o mundo natural, o que de certa forma permitia aos artistas apresentarem toda sua versatilidade, já que os possibilitava oferecer os melhores resultados nas técnicas tradicionais, como a mistura cromática, o brilho, transparência, etc.

        Com produções de artistas nacionais e internacionais, “Flores para Belém” é uma mostra cujas composições realizam-se a partir de um repertório de obras onde os autores trabalham, não apenas a pinturas ao ar livre e de atelier, mas também suas memórias e contemporaneidade, usando seus sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições, que ganham volumes,imagens, cores,formas e texturas. Arte e Natureza foram sempre, ao longo da história da arte, um estímulo para a criação artística,numa relação própria dos artistas com o mundo em que vivem. Busca-se, todavia, uma correspondência onde fica estabelecido que a arte não é um reflexo do real, mas um processo criativo de imagens, sons e movimentos no qual participam o mundo dos sentimentos, cores e pensamentos do criador e o contexto sócio cultural a que este pertence.

       As obras aqui expostas pertencem ao colecionador Sr. Paulo Henrique Lobo, que nos revela ter dado inicio a sua coleção por influencia do seu tio e artista plástico, Mestre La Roque Soares e que o tema de Natureza Morta, Flores, começou a fazer parte de sua vida no principio da década de 80. Entretanto não sabe ao certo o que o motivou a introduzir este tema em sua coleção de pintura, sabe-se porém que fora aos poucos se envolvendo e hoje é um dos temas que ele mas aprecia e adquire para mesma. Este acervo apresenta aspectos de delicadeza e leveza que nos levam a reflexão sobre as imagens aqui representadas, pois quando observados de perto revelam detalhes e cores que proporcionam composições que combinam desenhos, pinceladas complexas e belas harmonias. Convidamos então os espectadores a penetrarem neste mundo de cores, aroma e afetos, onde a delicadezas das flores lhe aguardam.



Serviço:
Local: Sala Antonieta Santos Feio
Visitação: 11 de janeiro à 31 de maio de 2013, de terça a sexta: 10h às 18h
e aos sábado, domingo e feriados : 09h às 13h