segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amazônia Doc.3

Nesta edição, o festival Amazônia Doc.3 oferece um circuito de oficinas, que inclui “Dispositivos Móveis na Era do Cinema Digital”, “Cinema Fora do Eixo - Como fazer?” e o workshop “Cinema e Psicanálise”.
Em comum, as atividades oferecem alternativas para realização do audiovisual fora do grande esquema comercial.  

Em “Dispositivos Móveis na Era do Cinema Digital”, as aulas foram pensadas, segundo Gilberto Mendonça, principalmente para ajudar iniciantes à deriva, oferecendo alternativas viáveis de produção.  Introduzindo aos alunos noções de fotografia, linguagem cinematográfica e edição, as aulas focam nas especificidades da plataforma.
“Os dispositivos móveis tem ao seu favor a mobilidade e agilidade. Não se pode querer reproduzir técnicas de cinema no vídeo. Por isso passamos pelos cortes, como conseguir estabilidade com a câmera na mão, técnicas de edição em câmera. Filmar com um celular é filmar de maneira simples, mas o resultado não precisa parecer simples. Ainda existe esse preconceito de associar a produção à má qualidade”, explica Gilberto, que também coordena o circuito de oficinas.
De acordo com ele, o foco da discussão não é mais a limitação dos dispositivos móveis ante o cinema tradicional, mas como essa produção pode sair do amadorismo e ganhar mais representação.

Em “Cinema Fora do Eixo - Como fazer?”, a diretora catarinense Cíntia Bittar, autora do premiado “Qual Queijo Você Quer” fará um recorte sobre como fazer Cinema estando fora do chamado eixo cultural brasileiro, com foco nos aspectos técnicos e criativos de um projeto.

Tomando como ponto de partida um enfoque mais analítico, o workshop “Cinema e Psicanálise”, do psicanalista Manoel Leite, busca os pontos em comum entre os dois campos. Através da analise de filmes, a proposta é articular os conceitos da psicanálise com as idéias do realizador, fazendo-o refletir sobre seu olhar, câmera e montagem. Manoel é membro da Escola Lacaniana de Psicanálise, onde coordenou grupo de pesquisa em Psicanálise e Cinema.

“As oficinas têm um papel fundamental de análise e fomento da produção cinematográfica. O Amazônia Doc acaba se tornando um espaço de intercâmbio entre público e realizadores”, analisa Gilberto Mendonça, coordenador de oficinas do 3º Festival Pan-Amazônico de Cinema.

Serviço:
As inscrições das oficinas “Dispositivos Móveis na Era do Cinema Digital”, “Cinema Fora do Eixo - Como fazer?” e do workshop “Cinema e Psicanálise” já estão abertas. Baixe aqui a ficha de inscrição e confira a programação.

O Amazônia Doc.3 – Festival Pan-Amazônico de Cinema acontece em Belém, de 5 a 11 de novembro, no Cine Olympia, Sesc Boulevard e Colégio Ideal. Realização: Instituto Culta da Amazônia, com patrocínio Oi e Sol Informática por meio da Lei Semear. Apoio: Oi Futuro, Grupo Ideal e Ecleteca Cultural. Mais informações pelo telefone (91) 3224-6159.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Divino manto



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O Manto de Nossa Senhora de Nazaré é um dos principais símbolos do Círio de Nazaré, segundo a tradição, a imagem da Santa trajava “um manto, de cor azul, com gotas de orvalho com pérolas” no momento em que foi encontrada pelo caboclo Plácido, as margens do igarapé Murucutu, localizado atrás da atual basílica de Nazaré. Esta tradição foi mantida ao longo dos anos pelos fiéis, inicialmente o manto, que é confeccionado especialmente para a ocasião do Círio, não era feito todos os anos, por sua confecção ser de elevado custo. Esta situação mudou quando a irmã Alexandra, da Congregação das Filhas de Sant’Ana dedicou-se a confeccionar um manto a cada ano custeado sempre por um promesseiro. Com sua morte em 1973 e posteriormente de sua ajudante D. Ester, vários católicos e estilistas dedicaram-se a confecção do manto.
Para os que acompanham o Círio de Nazaré em Belém, o mato de Nossa Senhora simboliza proteção, amparo e amor aos fiéis, também é um transmissor e irradiador de fé, por este motivo, o manto é um presente de um fiel com o coração cheio de gratidão pelo amparo, proteção e bênçãos concedidas por Maria. A virgem Maria é conhecida pelos católicos como a Rainha do céu, partindo desta convicção, o manto tem um papel fundamental que é evidenciar toda majestade e dignidade em volta de Maria. O manto também simboliza a cura, lembremo-nos da mulher que em meio à multidão tocou as vestes de Cristo e foi curada de sua enfermidade, o manto é como uma extensão do corpo, portanto quem toca o manto toca a virgem Maria e ela lhe concede a cura, ou a benção que o coração do fiel deseja.
A exposição “Divino Manto” recebe mantos oficiais da festa nazarena e mantos pertencentes a famílias paraenses. 

Texto e pesquisa de Aldrin Figueiredo, Rosa Arraes e Marco Ferreira.

Serviço:
De 05 a 30 de outubro de 2011.  
Local: Museu de Arte de Belém – sala Theodoro Braga
Horário: De terça a sexta-feira, das 10:00 às 18:00 hs.
              Sábado, domingo e feriado, das 09:00 às 13:00 hs.
Endereço: Palácio Antônio Lemos, Praça D. Pedro II, s/n.
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