Eu e o homem, sob esse título o Museu de Arte de Belém (MABE) monta uma exposição de arte contemporânea para trabalhar o tema proposto pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) – Museus para a Harmonia Social – para a 8ª Semana Nacional de Museus.
A proposta da exposição, desde seu título, é provocar uma reflexão sobre nosso papel e o papel dos museus na sociedade, bem como o papel das artes. Ao mesmo tempo, através da interpretação de cada artista sobre o tema, pretende-se uma reflexão sobre o que é essa chamada “harmonia social”, o que entendemos por isso, qual nossa opinião sobre essa busca pela harmonia e como isso se reflete em nossas ações.
A exposição contará com 02 (duas) obras de 12 (doze) artistas plásticos paraenses escolhidos pelas diferenças de meios (pintura, desenho, fotografia, objeto e mídias contemporâneas), e pela referência de cada um dentro da capital do Estado. São eles:
1. Andrea Feijó
2. Berna Reale
3. Elieni Tenório
4. Elza Lima
5. Emanuel Franco
6. Geraldo Teixeira
7. Jocatos
8. Maria Christina
9. Nando Lima
10. Nina Matos
11. Pablo Mufarrej
12. Ruma
Eu e o homem terá sua abertura dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, na Galeria Antonieta Santos Feio, no MABE.
A exposição faz parte da programação da 8ª Semana Nacional de Museus, porém deve seguir até 01 de agosto de 2010, estendendo assim a reflexão para além da Semana. A curadoria fica a cargo do artista plástico Tadeu Lobato.
8ª Semana Nacional de Museus
II Semana de Museus na Unama
“Museus para a Harmonia Social”
Período: De 17 a 21 de Maio de 2010
Local: Unama – Campus Alcindo Cacela
Promoção: Universidade da Amazônia – UNAMA
Superintendência de Extensão - SUPEX
Realização: N. Cultural - Casa da Memória
Parcerias Acadêmicas
Curso de Artes Visuais e Tecnologia da Imagem
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Inscrições: a partir de 20 de abril
Local: SUPEX – campus Alcindo Cacela, 2º andar – Bloco A
supex@unama.br / casadamemoria@unama.br
Fones: 40093122/3118/3176/9757/
Apresentação
Os Museus estão vivos quando conectam suas ações com as diversas realidades sociais das quais também fazem parte. Com o esforço de instituições culturais públicas, privadas e de pessoas físicas, se tem alçançado alguns resultados que dismistificam o museu como local sagrado, protetor de objetos intocáveis.
O espaço museal resignificado pela constante revisão em suas dimensões culturais, promove hoje reflexões não só no âmbito da arte, memória e história, mas também no campo da criação oferecendo serviços que possibilitam o acesso e a democratização da cultura. O museu atende demandas culturais de um variado público de diversas camadas sociais e ao ampliar suas fronteiras de atuação, necessita de insfraestrutura para que possa oferecer conhecimento e atender dignamente as exigências de um público maior e diversificado.
Os museus de hoje não ancoram suas naus apenas no passado, incorporam as novas tecnologias, navegam por mares cibernéticos criando cada vez mais espaços reais de intertividade. Estar em inúmeros espaços, penetrar em vários campos do saber, propor novas formas de relacionamento social, sem preconceitos de ordem econômica, racial ou moral, revela um novo perfil de museu. Trata-se de uma instituição que permite ao cidadão novos modos de ver-se e re-ver-se na diversidade cultural. Estimulada pela oferta dos processos educativos revigora a autoestima e aumenta as chances da preservação do patrimônio cultural.
No Museu do Marajó, idealizado pelo missionário Giovanni Gallo e construído com a participação efetiva da comunidade local, encontra-se uma obra interativa que é um exemplo da concepção de museu que envolve o público e interage com ele. É uma caixa retangular de madeira com tampa, entalhada com as inscrições “O museu começa aqui”. Esse objeto, colocado estrategicamente na entrada para receber seus visitantes, desperta a curiosidade. Quando se abre a caixa vê-se um espelho que reflete o rosto de quem a observa. Na tampa, também pelo lado de dentro, está escrito sobre um papel branco: “Você é a peça mais importante do museu”.
E essa é a luta que os museus vem travando ao abrir espaço para o lúdico, para convivência, para a interatividade, estimulando vínculos de pertencimento, proporcionando a educação pelos enfoques dos cidadãos, do simbólico e do econômico.
A partir da compreensão das potencialidades culturais o museu revigora as relações sociais, o contato entre o público e o espaço museal, promovendo o respeito à individualidade e aos valores de pertencimento, à formação da identidade, possibilitando a integração do ser humano com a vida, o acesso a prosperidade sócio-cultural.
Jonise Nunes
Casa da Memória
PROGRAMAÇÃO
Dia 17.04. Segunda-feira
ABERTURA
Auditório David Mufarrej
19h – Abertura Oficial – Palavra dos representantes da Unama e do Núcleo Cultural.
19h15 – Mesa de Abertura
“Identidades Amazônicas nos acervos dos Museus de Arte”
Prof. Ms Jorge Eiró e Profa. Dra. Marisa Mokarzel – UNAMA
Profa. Ms Renata Maués - Diretora do SIM /SECULT
20h – Vernissage das Exposições com show musical
Exposição itinerante “Sítio Histórico de Moema – arquitetura interna e paisagismo”
Fotografias históricas e atuais, desenhos de alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNAMA. Curadoria: Emanuel Franco.
Exposição itinerante “Belém, Ontem, Hoje e Sempre”.
Curadoria: Museu de Arte de Belém - MABE
Show Musical “Árvore Ar” – Rafael Barros
Pesquisa musical de ritmos e sons da Amazônia. Carimbó, Lundú, Samba-de-Cacete, Mazurca, Marambiré, Retumbão, Vaqueiro do Marajó, Bangüe e Guitarrada.
Período: 17 a 30 de maio - Hall de acesso do Campus Alcindo Cacela
18.05. Terça-feira
Mesa Redonda: Belém: história, arquitetura, memória e sociedade.
Auditório D-200
De 15h às 17h30
1. História da arquitetura em Belém: “O patrimônio arquitetônico da Cidade Velha”. Profa. Ms Ana Cristina Lopes Braga (UNAMA).
2. Projeto Documenta em Belém: Profa. Ms Filomena Longo (UNAMA)
3. “Projeto Landi” - Profa. Ms Elna Trindade - UFPA.
19.05 Quarta-feira
Mesa Redonda
Auditório D-200
15h às 17h30
“Estrutura de Museus e Musealização dos bens Culturais”
Profa. Ms Rosângela Britto – Coord. do Curso do Museologia da UFPA, Profa. Dra. Jussara Derenji – Diretora do Museu da UFPA, Profa. Terezinha Rezende - Ecomuseu da Amazônia, Mediador: Prof. Ms Tadeu Costa
20.05. quinta-feira
Mesa Redonda
Auditório D-200
15h às 17h30
“Poéticas Visuais: processo criativo em debate”
Mesa: Prof. Dr. Erasmo Borges – UNAMA e Jorane Castro - Cineasta
“Filhos do Barro”. Vitor Lima. Tempo: 00h20min
Documentário sobre recuperação da produção Cerâmica em Porto Trombetas – Pará.
Programa de Educação Patrimonial – área do Projeto Salobo - Levantamento e salvamento arqueológico – Museu Emilio Goeldi. Direção: Melissa Barbery. Tempo: 00h37min
De 20 a 22 de maio
Oficina
“A construção de bonecos como ferramenta na educação patrimonial”
Laboratório de Artes Visuais LA 406 – de 8h ás 12h
Ministrante: Francisco Leão. Carga horária: 12 horas
De 17 a 22.05
“Conhecer para não esquecer”
“Acácio Sobral e Max Martins - Artistas Paraenses em Documentário”. Projeto Memórias (UNAMA)
Sessões:
Manhã: 9h ás 10h / 10h ás 11h e de 11h ás 12h
Tarde: 14h ás 15h/ 15h ás 16h/ 16h ás 17h/ 17h ás 18h
Noite: 19h: 30/20h: 30 / 21h às 22h.
Sala de Vídeo da Biblioteca Central – UNAMA - Campus Alcindo Cacela
Agendamento para grupos: Fone 4009-3024 /casadamemoria@unama.br